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    O valor do outro no processo de luto


    O outro morre… O outro não apenas morre, mas morre o outro em mim…

    O sentido da morte do outro em mim convoca a necessidade de utilizar diversas variantes para a reflexão sobre alteridade e papel do outro na constituição de minha existência. Melhor dizendo: o que acontece com o eu quando o outro morre? Deve-se pensar na morte como um processo de mudanças que demanda energia psíquica para lidar com aspectos nela envolvidos. Vivenciamos de uma maneira diferente todas as experiências.

    No entanto, assim como somos lançados no mundo sem escolhas, a morte também nos é apresentada sem escolha; é a impossibilidade de novas aberturas para o mundo e de possibilidades. Somos nossos acontecimentos e precisamos aceitar que aquilo que nos acontece tem um sentido, e a maneira como lidamos com as feridas existenciais nos fazem e refazem o tempo inteiro, ou seja, a morte do outro provoca uma reflexão profunda sobre o meu sentido de vida e sobre as relações que estabeleço.

    O presente trabalho tem como proposta estabelecer correlações entre o valor do outro no processo de luto. O tema deste trabalho teve seu início em 20 de maio de 2008, data da primeira vez que minha mãe foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Pela sétima vez, vivemos – minha família e eu – uma sensação de despedida, luto antecipatório e uma avalanche provocada por uma diversidade de sentimentos e pensamentos. Na quarta vez que ela passou mal e retornou direto para a UTI, eu estava em período de provas na universidade em que leciono e meus dois filhos estavam doentes, sendo que um deles também estava internado. Em um dia, estava tão atordoada que saí com o avental da UTI na rua e somente quando um dos familiares de outro paciente chamou minha atenção sobre o avental percebi que não estava realmente bem. Conclusão: o outro me faz perceber lugares vazios, lacunas e espaços intrapsíquicos que devem ser revistos e reencontrados por mim. O outro serve para confortar, confrontar, alinhar e para nos contar como nos comportamos.

    O sentido verdadeiro da existência e de suas relações é de ser tocado, ser chamado para a responsabilidade de existir, com suas alegrias e tristezas. O desamparo só pode ser acolhido pelo amparo. As relações nos servem para estar-com, para garantir a abertura da existência, para cuidar e confiar na vida e nas vivências, ou seja, o outro não somente me auxilia na percepção da minha condição mortal, mas me recupera da solidão existencial.

    O ser não é algo definido; ele é um vir-a-ser, pois existe a diferença ontológica que significa que não somos uma coisa, mas, sim, existência. O homem não existe como um sujeito em relação ao mundo externo, tampouco uma coisa ou um objeto que apenas interage com as outras coisas que fazem o mundo. Sendo assim, somos nosso próprio tempo, disponibilidade e abertura para continuar na roda-viva.

    Karina Okajima Fukumitsu

     


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    Dia 29 de August de 2011 por Adail Bottesini


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