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Leia maisA solidão foi um tema emergente associado à depressão nas entrevistas dos sujeitos colaboradores dos três países: “É interessante diferenciar, nas referências dos sujeitos colaboradores, dois tipos de solidão: a primeira está vinculada a estar sozinho de fato, isto é, concretamente, sem conviver com outras pessoas, por motivos variados, principalmente por trabalho excessivo, nas cidades de Fortaleza e Santiago.
O segundo tipo de solidão é aquele em que, ainda que a pessoa esteja cercada de outras pessoas, família etc. ela se sente só. Essa é uma solidão que poderíamos ver como sintoma da depressão. Ela faz parte da experiência vivida muito mais como uma vivência ontológica, isto é, própria do ser humano, do que por uma situação concreta. Em ambos os casos, no entanto, a solidão é real, é experienciada de fato e associada pelos sujeitos colaboradores à depressão. Nas falas desses sujeitos a solidão está muito presente, tanto como fator etiológico quanto como sintoma.
A solidão pode ser analisada, por um lado, por meio da dor e do sofrimento oriundos da perda. Por outro, como pela capacidade de estar só na ausência do outro
Do ponto de vista sociológico, a solidão é, assim, o resultado da produção social de um homem “egocentrado”, individualista, narcisista.
A solidão, em termos psicológicos, pode caracterizar-se pela ausência afetiva do outro e estar intimamente relacionada com o sentimento, com a sensação de se estar só.
Para Ruggero (2004), a solidão é, na atualidade, um dos mais graves problemas que desafiam a cultura e o homem. O mundo da tecnologia e da crescente expansão dos meios de comunicação tem, cada vez mais, produzido homens solitários.
A esse respeito, May (2002) nos diz que o homem, ao fugir da solidão: perde, assim, a única coisa que o ajudaria positivamente a vencer a solidão a longo prazo, isto é, o desenvolvimento de seus recursos interiores, da força e do senso de direção, para usá-los como base de um relacionamento significativo com outros seres humanos. Os homens ‘empalhados’ acabam por tornarem-se ainda mais solitários, por mais que se apóiem nos outros, pois gente vazia não possui a base necessária para aprender a amar
O problema da depressão, crescente em nossos dias, pode ser explicado, entre outras formas, em termos da estrutura individualizada, característica da cultura ocidental contemporânea. Nela, o self individualizado tende a personalizar estados internos de emoção, incluindo angústias resultantes da adversidade de eventos dolorosos da vida.
Fabiana Rocha