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Leia maisA Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), do psicólogo norte americano Carl R Rogers tem esse como um de seus pressupostos mais significativos, já que é ele que nos dá condições de participação mais eficaz no mundo, potencializadora de condições de com-vivência com base em respeito mutuo, em paz. Mas… o que é a autoestima?
Ao dar continuidade aos estudos que resultaram no livro Atualizações Filosóficas na Abordagem Centrada na Pessoa, ora no prelo, atualizando a Abordagem para os novos paradigmas que se formam através da estrutura da globalização em que os conceitos filosóficos e culturais entre os países se influenciam, verificamos que urge atualização reformadora da definição de autoestima para o interagir da Pessoa na atualização e renovação de conceitos vivenciais na processo com abertura significativa da globalização.
Para nós, a autoestima é a capacidade de consideração para com o próprio Eu como Unidade. É percepção de potencialmente ser capaz, feliz, apessoado, sentindo e percebendo valores de dentro para fora. É acreditar em si como potencial de vir-a-ter e ser, tendo ideais: de vida, de prosperar, de ter dignidade, caráter, confiança e dinamismo, acreditando em si e no outro; de interagir e integrar, integrando.
Ao integrar as premissas dos sentimentos devemos nos autovalorizar, isto é, identificar valores em si mesmo quanto a:
– Orientação de nossa própria conduta: focalizando-a em si e, em relação ao outro.
– Autonomia de querer, de ser e da vontade: e, c isso não se fixar em estabelecer dependências, mesmo que momentaneamente prazerosas.
– Gostar de si, aceitar-se como é, de se autodeterminar: e ao aceitar-se como é, não se acomodar, mas buscar as adaptações, ajustes ou superações possíveis nos aspectos que podem ser considerados disfuncionais.
– Não disputar, mas sim competir, acreditando e confiando no seu potencial: sem as altercações da disputa, mas, encontrando o lugar em que cabe com seus potenciais.
– Reconhecer e desenvolver as limitações: ao reconhecer as limitações, procurando identificar novos modos de exercer suas potencialidades de modo diferente daqueles tentados rotineiramente. Com isso, a pessoa se desenvolve e encontra atualizações: ajustes, superações, adaptações.
– Saber e acreditar no quê, porquê e para quê quer, levando em consideração o seu processo de ajustamento e do seu crescimento intelectual e filosófico, político e social.
– Ter capacidade para desenvolver habilidades e/ou potencialidades inatas e/ou aprendidas.
– Potencializar o caráter através da ética social como honestidade, dignidade, lealdade. Já que além de unos, próprios e indivisíveis, somos participativos é fundamental que a ética social tenha como ponto de partida e de chegada o Eu individual já que as respostas externas encontradas no mundo estarão em consonância com o que oferecemos a este.
– Ter capacidade de aquisição de habilidades e/ou potencialidades de estímulos inatos (vocação).
– Liberar complexos, atitudes, acompanhados e/ou com intensidade excessiva de emoções, de conjunto de idéias com cargas emotivas que foram recalcadas no inconsciente, através do tempo, e que agem sobre a conduta.
– Suprimir carências e ter capacidade e condições de adaptação, de aceita-las e enfrentá-las.
– Buscar: superar carências, e a capacidade potencial de adaptação atualizadora, aceitando-as e enfrentando-as, sem negar, reprimir ou suprimir.
– Ter capacidade de colocar para fora de si tudo que for negativo, não se magoar com o que os outros dizem ou conceituam de si. Desse modo, diminui a incongruência e desenvolve-se integração de opostos, já que a pessoa é Unidade.
– Elaborar hábitos aprendidos, adquiridos negativamente através de treino ou, distorção na aprendizagem. Com a elaboração (entendimento e compreensão) tem-se fluxo de facilitação da tendência formativa.
– Elaborar os processos de imitação, através do qual a pessoa age estimulada pela observação de uma conduta semelhante de outra pessoa. Sendo a pessoa Una, a redução do comportamento imitativo facilita perceber-se próprio: cada um é diferente do outro, embora essencialmente semelhante.
– Elaborar o medo através de formas de enfrentamento de reações dolorosas. Desse modo, vai se desenvolvendo a autoconfiança.
– Desenvolver procedimentos racionais, para atingir objetivos constitutivos da realidade – quer objetiva, quer subjetiva – através do entendimento e compreensão. Com isso, dá-se significado a ser racional, além de emocional, corporal, espiritual.
– E, por último, constituir um objetivo para o qual dirigir-se em atos intencionais por qualidade ótima de vida, fazendo retrospectiva dos objetivos alcançados e projetar idealização de estímulo à Vida, tornando-se uma pessoa proativa.
É com base na autoestima que podemos atualizar nosso autoconceito e percebê-lo repleto de potenciais disponíveis a serem percebidos e desenvolvidos. A autoestima saudável facilita encontrar o seu lugar no mundo e desenvolver-se como ser Uno, próprio, indivisível, através das aptidões.
Afonso Langone e Nara Vieira